quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Intervenção Orçamento 2011

24 é o nº não 24 milhões que já seria um valor de divida considerável, não 24 horas porque os dias teriam de ter 48 para se conseguir colocar nos eixos um município com estes problemas financeiros mas sim 24 minutos, foi este o tempo que demorou a discussão do Orçamento de 2011 e GOP 2011-2014, na reunião de Câmara. Sem a presença dos principais responsáveis, o presidente e o vereador que assumiu algumas das obras em tempo de eleições, vemos esta situação criada com este orçamento, como um processo de intenções que é, o branqueamento da ausência de obra, motivado não pela situação de crise mundial, mas sim pelo excesso de peso que a divida do município não permite E nem um elogio saiu, como se viu pelas poucas declarações dos restantes vereadores, “é isto que se pode arranjar”, não será o nosso orçamento e nem nos sentimos solidários com uma situação que não foi criada pelo PS, nem os seus deputados.
O município da Nazaré não cumpre as suas obrigações e compromissos, encontra-se numa bola de neve ainda maior que o próprio país, até ai todos poderemos analisar as coisas desta forma, apenas há uma forma de enfrentar esta espada que está sob a cabeça de quem lidera, essa forma é a mais complicada de todas, seria fácil continuar neste ritmo de promessas incumpridas, de dividas crescentes, de autocratismo e de total desnorte na hora das decisões. Difícil é assumir que o que de mais importante que se propôs ao eleitorado irá ficar por terra, por decisões eleitoralistas constantes, desde que o PSD assumiu as tarefas executivas deste município.
Teria de se fazer um corte total com a linha anterior, talvez tenha sido isso que levou algumas pessoas aceitar acompanhar e suportar esta gestão, mas não foi isso que até agora aconteceu, e não é isso que este documento espelha.
O município precisa de ser credível, e para isso teria de se agarrar a este orçamento como derradeira oportunidade, a base para ele deveria partir do zero elaborando um documento sério, real, esquecendo a era virtual em que esta casa tem vivido, colocando do lado das receitas e do lado das despesas a realidade do município, e fazer com que o município faça aquilo para que foi destinado, servir a população do concelho da Nazaré, mas isso não é possível sem haver um corte com a politica de “desperdício”, “subsidiarismo” e “despesismo”, não lhes dês o Peixe ensina-os a pescar, a população da Nazaré nunca se conformou com o seu fado, escrevendo sempre a letra e dançando conforme a música, a Nazaré não é uma terra rica, mas outras não o são, e tendo em atenção as potencialidades da nossa terra, exponenciadas na capacidade da nossa gente não podem ser desperdiçadas continuamente, poderá não ser na nossa geração, poderá nem sequer ser a bem, mas que têm de ser, têm de ser.
O executivo pensava que tudo estava sobe controle, só que o controle só se sabe que se perdeu quando não se têm nenhum, as várias situações que vieram ao conhecimento da população, atrasos e faltas de pagamento à CGA, à ADSE, entre outras, são os exemplos da falta de controle, da politica de quem vier a seguir que feche a porta.
Queremos deixar uma palavra de congratulação com o orçamento dos serviços municipalizados, em relação aos cortes no orçamento de 2011, o aumento da taxa de água entretanto verificado deverá ajudar no equilíbrio das contas, no entanto estaremos atentos, pois a população merece que os serviços mantenham um nível de qualidade aceitável, ninguém gosta de pagar mais com menos qualidade de serviço.
Mais uma vez os deputados municipais do PS demonstram-se disponíveis para aprovar medidas de fundo, medidas essas que permitam o nosso município ter um desafogo financeiro, para uma situação de enfermidade apontamos um caminho, e esse caminho têm uma palavra forte – Reabilitação
Reabilitação económica e financeira, cujo pontapé de saída pode ser a reabilitação patrimonial, dando ênfase aos centros históricos, a Nazaré precisa de limpar a face, refazer, reciclar, reaproveitar, reabilitar ou seja reaprender a ser a Nazaré.

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